O cantor e compositor norte-americano retorna ao Brasil para quatro apresentações em três cidades diferentes: Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Em Curitiba, o show será no Basement Cultural no dia 14 de abril. Em São Paulo, o músico se apresenta no dia 15 de abril, no Fabrique Club, com ingressos já esgotados. No Rio de Janeiro, o show acontece no dia 16 de abril, no Agyto. E para encerrar a turnê, Shawn retorna à capital paulista para mais um show no dia 19 de abril, no La Iglesia, com pouquíssimos ingressos restantes. Você pode adquirir aqui: https://pixelticket.com.br/eventos/12499/shawn-james-em-sao-paulo-data-extra
Atualmente, Shawn James está em turnê do álbum “A Place in the Unknown” (2022), o sexto registro fonográfico de sua carreira solo. O álbum destaca um vigor único e cheio de groove na fusão entre rock, blues, folk e até influências da música gospel.
No aquecimento para sua passagem pelo Brasil, Shawn James concedeu uma entrevista exclusiva ao Vou de Grade, contando um pouco sobre o formato de seus shows e o enorme carinho pelos fãs brasileiros, confira:
Nossa primeira pergunta é sobre o seu último álbum, “A Place in the Unknown”. Em fevereiro, completou-se um ano desde o lançamento. Como você acha que este álbum refletiu em você e em seus fãs
‘’Tive a oportunidade de fazer uma turnê no ano passado tocando uma seleção de músicas do novo álbum e elas foram muito bem recebidas ao vivo. Este álbum tem uma sonoridade mais voltada para o rock e é mais energético do que muitas das músicas mais acústicas que faço. Acredito que é bom variar e dar aos fãs algo novo de vez em quando.’’
Qual é o seu processo criativo para escrever as músicas e todo o álbum?
‘’Para aquele álbum, comecei com as batidas de bateria primeiro. Sabia que queria que ele tivesse uma qualidade de impulso em frente, então comecei com a bateria primeiro, o que nunca havia feito antes. Isso definitivamente afetou a maneira como escrevi as músicas e até mesmo teve um novo e interessante efeito na letra. Acredito que novas abordagens na composição de canções podem inspirar novos estilos de escrita, e tive um ótimo momento com este álbum.
Você tem pausas em sua carreira para ser criativo ou é um workaholic, sempre escrevendo ou produzindo algo novo? Tem novos planos para agora?
‘’No passado, eu estava sempre trabalhando constantemente e isso cansa depois de um tempo. Normalmente, escrevo quando termino uma turnê, pois tenho mais tempo para me concentrar e quase desenvolve um desejo de escrever quando não o faço há algum tempo. Dar e receber. Atualmente, estou trabalhando em algumas novas músicas e um novo conceito de EP que espero lançar ainda este ano.’’
Como você escolhe as músicas para o setlist?
‘’Existem algumas músicas que sempre tocamos porque fazem parte de quem eu sou e do que preciso dizer. Então, há algumas que podemos tocar se o clima e a energia da noite estiverem certos para isso. Tendo a gostar de construir um conjunto com dinâmica e estilos variados, instrumentação, histórias e mais. Para mim, isso torna o show mais interessante e não deixa a chance de se cansar de ouvir o mesmo tipo de coisa repetidamente.’’
Qual é a sua inspiração? Eu vi que você tem muitas músicas sobre religião e coisas mitológicas. Essas inspirações influenciam o seu processo de escrita?
‘’É difícil identificar inspirações específicas o tempo todo, mas sim, essas coisas já me inspiraram no passado e ainda tiro muito da mitologia e da narração em geral em contos de fadas, lendas, folclore e mais. Às vezes, as músicas podem ser sobre uma experiência pessoal e transmitir como estou me sentindo naquele momento. Outras vezes, criarei um personagem e pensarei em sua história enquanto faço uma história sobre ele. Gosto de me colocar no lugar do personagem e pensar em como deve ter sido e escrever a partir da perspectiva deles. Algumas músicas surgem de uma frase que eu gosto muito ou uma ideia, talvez até de um filme ou um livro!’’
Sobre The Last of Us: um dos seus maiores destaques é a sua música no jogo The Last Of Us Parte II, cuja história eu adorei… Agora temos uma série de TV sobre isso. Você sabe se eles usarão a música para a segunda temporada? Você pode nos contar sobre isso?
‘’Não posso dizer muito sobre isso, mas amo a comunidade de The Last of Us e espero ter mais oportunidades de combinar minha música e criar mais para o futuro da história, jogo e show.’’
Sobre o Brasil: vimos que você veio recentemente ao Brasil e participou de um festival em Minas Gerais. Como foi sua experiência? Visitou muitos lugares? Gostou?
‘’Nossa última viagem em setembro ao Brasil foi a minha primeira vez experimentando isso e amamos cada minuto. A paisagem, comida, pessoas e energia dos shows que tocamos são alguns dos melhores que já tivemos. Foi legal ter não apenas uma experiência em uma cidade maior como São Paulo, mas também poder ir ao interior e ver esse lado do Brasil também. A comida foi incrível… Nós tivemos tanta comida boa… e cachaça! Mal podemos esperar para voltar para esta turnê e ver ainda mais.’’
Como é sua relação com seus fãs brasileiros?
‘’Sinto que os fãs brasileiros são muito apaixonados e que a música significa muito para eles, e posso sentir esse amor quando estou lá. Adoro conhecê-los e ouvir suas histórias sobre como a música os alcançou. É algo que nunca pensei que teria em minha vida e sou grato todos os dias pela oportunidade de fazer o que faço. Os coros são alguns dos mais altos que já ouvi… hahaha, eles até cantaram os solos de violino de Sage! Hahaha incrível…’’
No ano passado, você fez um concerto acústico… Agora você vem com uma banda. Você acha que a energia brasileira será maior do que antes?
‘’Mesmo que seja a mesma, já está ótimo! Mas sim, acho que ter a banda e o som mais completo e com mais energia será uma nova experiência divertida, já que eles nunca nos viram dessa forma. Não vou comprometer a perder o elemento acústico, no entanto, então haverá seções de apresentações mais íntimas em cada show também. Gosto de fazer de tudo…’’
Encerramos nossas perguntas aqui. Muito obrigado, Shawn, pelo seu tempo. Você quer enviar uma mensagem aos seus fãs brasileiros?
‘’Eu só quero dizer obrigado por todo o amor e apoio que recebi de todos vocês. É louco pensar que, embora estejamos tão longe e tenhamos a barreira de diferentes idiomas entre nós, ainda podemos nos conectar em um nível profundo através do poder da música.
Mal posso esperar para vê-los e criar momentos que vamos compartilhar para sempre.
Eu te amo!’’
E com direito a um “Eu te amo!” em português o músico encerrou a entrevista, com muito carisma e sinceridade. Estamos animados para essa sequência de shows que, com certeza, serão inesquecíveis!