Com singles e clipes com estética queer e curta-metragem de sucesso, a cantora, compositora e defensora dos direitos LGBTI+ chega com suas canções já lançadas nos EUA
Mariana, seu nome de batismo, é gaúcha. Artisticamente, é conhecida como Ma Troggian (@matroggian). Mas na música, pode chamá-la apenas de MA. A cantora, compositora, atriz, roteirista e ativista LGBTI+ traz toda sua atitude ao Brasil, com musicalidade e estética adquiridas nos nove anos que vive em Nova York, transformados em experiência na pele de artista independente. Para marcar sua passagem pela terra Natal, MA se apresenta na inauguração do Casa Vasco, novo bar do famoso bairro Bom Fim, em Porto Alegre (RS), nos dias 1 e 9 de julho.
Serviço: MA canta na Soft Opening Casa Vasco
Quando: sábado, 1 e 9 de julho de 2023, às 19h30 |sáb/dom, respectivamente
Onde: bar Casa Vasco (Rua Vasco da Gama, 207, bairro Bom Fim, Porto Alegre (RS)
Ingressos: https://www.eventbrite.com/e/soft-opening-casa-vasco-tickets-654028044487?aff=oddtdtcreator
O primeiro lançamento de MA a ser apresentado é o single “Electric Elegance”, com clipe filmado na vertical, seguindo a estética mobile, recém-lançado nos Estados Unidos. “Filmado em um IPhone 13, foi um clipe bem experimental. Como a música fala de uma relação de amor com a cidade de Nova York, filmamos nas ruas, numa vibe bem anos 80 e com intenção de criar uma identidade visual eletrizante”, explica MA. Produzido por Bruno Palazzo, “Electric Elegance” é o quarto single de MA e dá continuidade ao trabalho celebrando e elevando a cultura queer na música. O videoclipe é dirigido pela artista brasileira Gabriela Ribeiro.
Outro de seus mais recentes trabalhos, “Were Have You Been, My Love?”, com participação da cantora italiana Tania Kass, vem acompanhado de um videoclipe inspirado na estética drag, dirigido por Eva Depoorter.
A defesa dos direitos das minorias acompanha a história de MA. “Sempre tive uma relação positiva com minha expressão sexual. Meu universo artístico é muito influenciado pelo ‘feminino’, palavra que considero complexa, pois chega com estereótipos de gênero, mas eu sou fascinada pelo lado feminino das coisas”, diz. E completa: “Óbvio que tenho amigos homens, mas normalmente são homens bem resolvidos com o seu feminino. Também tenho amigues e amigas trans, que navegam bem sua sensibilidade e o que eu, no meu universo, acho ‘feminino’. Tudo isso pra dizer que, sim, me apaixono por mulheres e gosto de explorar isso na minha arte”, confessa.
A trajetória musical de MA a coloca no rol de vozes dignas de conquistarem uma legião de ouvintes. “Amo e me identifico. Quando criança, era louca pela Cher. Tenho uma coleção de perucas e adoro performar”, conta a multiartista, que tem quatro músicas disponíveis nas plataformas de streaming (Spotify e Apple Music). MA fez história em 2018, quando lançou a canção “I Want Ur Luv”, considerada um manifesto contra a homofobia. Além do clipe, posicionado politicamente, a música tem letra relevante para o orgulho LGBTI+: “There is glitter in my head / Lady Gaga is in my bed / Oh, they tried to shut us down / Bitch, we are gay and we are proud / If they put me in that chair / If they fuck me till I am dead / I am not givin’ up my crown / Bitch, I am gay and I am loud / I will survive”. (“Eu penso em glitter / Lady Gaga está na minha cama / eles tentam nos calar / nós somos gays e temos orgulho / Se eles me prenderem naquela cadeira / E me ferram até minha morte / eu não vou desistir da minha coroa / eu sou gay e eu falo alto / Eu vou sobreviver”).
Com sua carreira em constante desenvolvimento nas áreas de atuação, música e produção de roteiros para cinema e TV, Ma Troggian comemora as parcerias de trabalho. Seu single “I Want Ur Luv” foi produzido pelo ganhador do Grammy Bob Brockmann e dirigido por Suzie Léger. A música recebeu visibilidade ao ser retratada no artigo Let Pop Music Do The Fighting For You (em tradução para o Português, “Deixe a Música Pop Lutar por Você”, da publicação norte-americana New Stand.
A multiartista reflete sobre o universo abordado em seus trabalhos. “O lado drag também é uma expressão do feminino e política, mas de forma diferente. Acho que o drag é transgressor. É brincar. É ser livre. Já os meus roteiros, que normalmente envolvem personagens lésbicas, são sobre como eu vejo e sinto as mulheres.”
Em Nova York, MA já performou em diversos pontos históricos, incluindo o The Bitter End e o Bowery Poetry Club. Em 2021, ganhou um incentivo financeiro do City Artist Corps para fazer a curadoria da terceira edição do seu evento, Make Music Don’t Get Killed, uma noite de música e arte que dá voz a artistas queer. A festa aconteceu no famoso e alucinógeno Rubulad, no Brooklyn.
A multiartista também é co-fundadora da Evoé, um coletivo de mulheres que promove a cultura brasileira em Nova York. Em 2018, MA foi a Miami receber o Brazilian International Press Award, que premiou o coletivo pela produção teatral Os Sete Gatinhos. Além disso, Ma Troggian também foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz na mesma noite.
Como roteirista, MA escreveu o drama lésbico “Foreign”, roteiro ganhador do prêmio LGBTI+ do Toronto Film Festival e que passou para a última etapa do Sundance Development Track, como “second-rounder” do festival independente criado por Robert Redford. Além disso, em 2023, seu curta-metragem “The Love of Jupiter”, foi ganhador de incentivo financeiro da PANO (associação criada para ajudar a promover produções independentes) e selecionado para o laboratório de desenvolvimentos de roteiro M Film Lab, da Open Screenplay.
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